Verjus Bar à Vins: réveillon sem gala

Fevereiro 2013

Verjus Bar à Vins

Não é fácil escolher onde passar a noite do 31 de dezembro em Paris. Meu desejo era encontrar um bom bistrô de bairro onde depositar minha fome. Mas, entre os poucos lugares abertos no último dia do ano, todos tentavam me vender o que eu não queria. Lagosta, foie gras e trufas, onipresentes em todos os menus, impunham à noite uma pompa que não me interessava. Portanto, vocês podem imaginar com que felicidade descobri que o Verjus Bar à Vins estaria funcionando normalmente – com toda sua desafetação, seus vinhos em taça a preços razoáveis e um cardápio que me acenava com coisas como frango frito e shoestring fries.

Quem espia da calçada da rue Montpensier pode jurar que o diminuto bar, extremamente intimista, é très parisien. Até é. Mas não é só. Vozes como as de Ella Fitzgerald, Blossom Dearie e Chet Baker nas caixas de som sugerem influências de outras paragens. É americana a dupla de chefs que comanda o despretensioso bar e o restaurante de mesmo nome no andar de cima – este, mais ambicioso. O enxuto cardápio de pequenos pratos, embora explore os melhores produtos franceses, tem inegável sotaque ianque. A comida soa acolhedora, em sintonia com a atmosfera do lugar.

Verjus Bar à Vins

Verjus Bar à Vins

Começamos com uma cremosa burrata com salada verde e crocantes lascas de champignons de Paris. Seguimos com beignets de milho, gostosos, embora um tanto doces (culpa da manteiga de mel?), na companhia de ótima salada com molho ranch.

Verjus Bar à Vins  Verjus Bar à Vins

Os tenros nacos de frango frito e as deliciosas shoestring fries polvilhadas com togarashi afastaram de vez a solenidade que perseguia a noite do lado de fora.

Verjus Bar à Vins  Verjus Bar à Vins

Eu, que não sou fã de manteiga de amendoim, devorei em segundos a sobremesa que, além de uma mousse feita à base dela, trazia uma sedosa ganache de chocolate amargo, chantilly e uvas. 

Verjus Bar à Vins

Aquele me pareceu o lugar ideal pra começar uma noite na cidade. Mas saiba que há o risco de querer atravessá-la ali. Foi o que aconteceu conosco. Fomos ficando, ficando, até o sono se instalar. Então, sem fogos de artifício, tomamos o rumo da cama. Porque o que nos interessava mesmo era acordar em Paris no dia seguinte.

 

Verjus Bar à Vins – 47 rue Montpensier – 1er

http://www.verjusparis.com/

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